terça-feira, 26 de maio de 2009

Como se diz "tô com saudade"...

Peguei carona na mensagem da amiga La Baronne. O vídeo abaixo é um presente que um amigo desta amiga fez pra namorada que foi estudar em Paris.

http://www.youtube.com/watch?v=hQm9POgvq9c

As pessoas do começo são desconhecidas do casal. A partir do cara com blusa do Fluminense, são todos conhecidos (amigos, familiares...).

Uma simples e criativa forma de dizer "estou com saudade"

Na boa...se um dia um homem faz um vídeo desses pra mim eu sou capaz de engravidar de quíntuplos, largar o jornalismo e voltar de Paris para morar na roça!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Double Fantasy

Tenho uma grande amiga, a Jubs, que gosta – acredito apenas pra me provocar – de dizer o quanto tem medo. Eu acho engraçado ela ter medo justamente das coisas para as quais eu a considero a mais capaz das criaturas. Mas basta eu a ouvir dizer “eu tenho medo de...” para responder o seguinte
“Don’t be affraid to go to hell and back, don’t be affraid to go to hell and back, don’t be affraid to be affraid” (Não tenha medo de ir ao inferno e voltar, não tenha medo de ir ao ínferno e voltar, não tenha medo de sentir medo).

Trata-se do refrão de “Beautiful Boys” letra de Yoko Ono e música de John Lennon, interpretada pela própria senhora Lennon, a japinha acusada de ser o estopim do fim dos Beatles. Favor não confundir com “Beautiful Boy”, assim no singular, letra e música do Lennon, canção um pouco mais manjadinha, nem por isso menos linda.

Voltando aos “Garotos Lindos” da Yoko. Recentemente rolou um papo com a Jubs por e-mail. Ela, então, acabou por procurar a música e baixar. Ouviu e leu a letra pela primeira vez (em tempo, a amiga nem era nascida quando o Lennon levou um tiro, quanto mais quando o disco “Double Fantasy”, que continha a música em questão, foi lançado).

Recebi o arquivo da canção e, ao ouvi-la após longo tempo, me debulhei em lágrimas.

Para se entender o contexto histórico da minha reação será preciso viajar no tempo: o álbum “Double Fantasy” já havia sido devidamente adquirido por meus pais, ambos da geração Beatles e amantes de Lennon e Cia. No dia em que o estampido de uma bala ressoou em frente ao edifício Dakota e deu fim ao mais amado dos quatro garotos de Liverpool, a capa com a bela foto em preto e branco do casal estava na estante.

Eu tinha apenas 10 anos e lembro de minha mãe chorando e colocando o disco depois de ouvir a notícia no rádio. Naquela mesma semana, voltando do curso de inglês, achei nas bancas uma revista com todas as letras e traduções do repertório do Lennon.

Comprei para dar a minha mãe e ela ficou toda feliz. Mummy, mestre em literatura brasileira e bacharel Francês, não sabe falar nem I love you na língua de Shakespeare, talvez por isso tenha curtido tanto o presente. Como uma criança curiosa e estudante de inglês, eu acabava por acompanhar com ela as letras e músicas.

Desde então, nunca mais me saíram da cabeça os versos daquele refrão. Alguém dizendo para nunca ter medo de ir ao inferno e voltar. Com minhas crenças ainda em formação, de alguma forma era confortante saber ser possível, uma vez chegando ao inferno, poder voltar quando quisesse.

O alerta seguinte também intrigava: nunca tenha medo de sentir medo. Outro conforto. Passei a lembrar dessa frase cada vez que senti medo e isso, de certa fora, me acalentava. Afinal, se não é para ter medo de sentir medo, então não precisa ter medo. A vida parecia muito simples assim.

Cresci, deixei de ouvir discos, cheguei a comprar o CD, mas sumiu em uma das mudanças de casa e agora me reencontrei com “Beatiful Boys”. A música causa estranhamento. Os ouvidos ocidentais estão pouco acostumados ao metal da voz de Yoko. Mas a letra é maravilhosa.

A musa de Lennon foi muito sensível ao resumir o marido e o filho Sean. Não consigo descrever, tamanha sutileza oriental de cada estrofe.

Em tempo: nunca achei Yoko responsável por nada de ruim na vida de Lennon. Achava o amor deles uma coisa maravilhosa, a possibilidade do grande encontro, de se viver essa roca amorosa em uma existência. Mesmo sabendo que acaba. Acabou com um tiro no caso deles. Acaba como a adaga de tantas impossibilidades em outros casos. Mas a fantasia de viver este sonho continua. Fantasia em dupla, fantasia em dobro.

Ouça a canção, siga a letra e nunca tenha medo de sentir medo.


Link para a canção no YouTube


Beautiful Boys


You're a beautiful boy
With all your little toys
Your eyes have seen the world
Though you're only four years old
And your tears are screaming
Even when your smiling
Please never be afraid to cry

You're a beautiful boy
With all your little ploys
Your mind has changed the world
And you're now forty years old
You got all you can carry
And still feel somehow empty
Don't ever be afraid to fly

All you beautiful boys
Creating multiple plays
You like to fence in your world
And settle down when you're old

You can run from pole to pole
And never scratch your soul
Don't be afraid to go to hell and back
Don't be afraid to go to hell and back
Don't be afraid to be afraid

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Febre do Feno


"A primavera traz uma agradável sensação de recuperação de vida, após o escuro e frio inverno. É a época de acasalamento das espécies animais, de (re)nascimento da natureza. Com este renascimento as flores desbrocham, as árvores também. Começa a polinização. Muitas plantas utilizam insetos como ‘polinizadores’, mas outras tantas utilizam o vento. Isto significa que o ar se torna um verdadeiro coquetel de pólens. E o que significa isto para muitos de nós?"


Retirei isso de um site que explica o que vem a ser a tal febre do feno. Trata-se, simplesmente, de uma alergia desencadeada pelo excesso de polinização no ar, especialmente na época de primavera.


Em minha existência pouco erudita, porém, ouvi a vida inteira um amigo gaiato dizer "Ihhh, fulano (ou fulana) tá com a febre do feno". Geralmente ele se referia àquela fase da vida em que o negócio é 'polinizar'. Não importa se é cravo, gerânio, tulipa ou flor de cáctus. A natureza grita e não convém ficar guardando o pólen para a posteridade.


Pois bem. Não sei se é hormonal, se realmente tem a ver com o clima - e esse outono no Rio é mesmo convidativo - ou se é o massacre da mídia em torno do maldito Dia dos Namorados. Só sei que ando sentindo minhas defesas imunológicas prontas para se renderem à febre do feno...


Qual é a vacina, hein?


domingo, 17 de maio de 2009

Não deixe o blog morrer, não deixe o blog acabar

Meus 20 leitores sentiram falta das postagens e estou de volta, após um longo e tenebroso recesso tecnológico.

Falta de assunto não há, mas achei conveniente começar com leves esclarecimentos sobre a ausência prolongada.

Houve mudança de emprego, problemas de saúde, pane no computador, nova reforma ortográfica, Flamengo campeão, a morte de um amor platônico, a separação de um casal amigo, a queda no poder aquisitivo, o governo mexendo na poupança, a CPI na Petrobras, vários amigos desempregados pela desculpa da crise e tantas outros acontecimentos capazes de desviar minha atenção.

Mas eu voltei, agora pra ficar. Porque aqui, aqui é o meu lugar.

Retomo as atividades com várias ideias. Penso em fazer contos e matérias de comportamento; vídeos e áudios também estão nos planos, agora que tenho um celular multimídia, mas queainda não sei usar.

Leia mais em breve, neste espaço virtual.