Sebastião era um soldado romano, nascido em 250 dC. Era cristão e quando o imperador romano soube que um de seus mais bravos soldados pregava os ensinamentos de Jesus, mandou matá-lo. Amarram-no em um tronco e deram oito flechadas. Mas Sebastião sobreviveu e , macho que era, voltou no palácio imperial para dizer umas verdades ao imperador. Virou santo. É padroeiro da mais bela cidade do mundo. Cidade que também leva suas flechadas, mas não se entrega, não se deixa morrer. Nem todas as balas perdidas, nem o prefeito blogueiro, nem o governador bom de lábia, nem todo IPTU acharcante, nem toda poluicão das praias ou a dengue hemorrágica vão conseguir vencer esta cidade guerreira, exuberante, quente e bela, muito bela.
A cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro me ensina muita coisa. Ao olhar para esse céu, esse mar e essa gente feliz, como lindamente cantou Tom Jobim, renovo minhas energias para defender o que o Rio tem de melhor. O Rio é como a bela mulher que assusta. Aí fica melhor falar mal ou correr para São Paulo , porque é mais confortável. Saca homem que casa com a mulher legalzinha porque morre de medo de se casar com o grande amor da sua vida?
Pois é...dei uma bela viajada nesta questão ao me cansar de ouvir um monte de gente que saiu do Rio e gosta de enaltecer outras cidades do Brasil. Eu penso o seguinte: vivo na melhor cidade do Brasil. Para sair daqui, só se for para Londres ou Paris. Especialmente nos momentos de baixa imunidade emocional, minha cidade já ajudou muito me amparando em momentos de profunda tristeza. Basta olhar para a cidade e a gente percebe que precisa de muito pouca coisa para viver feliz. Lembrei de mais uma música, da Marina Lima:
"As coisas não precisam de você
Quem disse que eu tinha que precisar?
As luzes brilham no Vidigal e não precisam de você
Os Dois Irmãos também não precisam"
Viva São Sebastião. Viva os cariocas que sobrevivem às flechadas!
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