domingo, 31 de janeiro de 2010

Elas, as francesas



Mulheres francesas não engordam. É o que diz o título de um best seller. Este já seria um motivo mais que suficiente para eu babar de admiração por elas. Afinal, manter a silhueta comendo quiche lorraine e tomando vinho é um sonho. Mas ao longo da vida, andei observando outra qualidade admirável das representantes dessa nacionalidade: a garra.

Reparem na história da antiga região galícia. Joana D'Arc foi a primeira grande topetuda. Não quis saber dos riscos e mandou ver nas Cruzadas. Maria Antonieta pode até ter sido uma alienada, mas vamos combinar que é preciso ter muita presença de espírito para mandar geral comer brioche no meio de uma revolução.


Aí a gente vai se aproximando do século XX e lá vem Coco Chanel, uma órfã que virou revolucionária não só do modo de vestir, mas de todo um comportamento feminino francês e depois mundial. Edith Piaf era pobre, tinha em torno de 1,40 m e cantava feito um rouxinol na primavera. Seus amores tão intensos foram capazes de transbordar na interpretação de suas canções.

Brigitte Bardot não poderia ficar botando botox e se internando em clínicas 'de estética' para o resto da vida? A mulher que já foi o ícone de sensualidade do planeta preferiu de se engajar em uma causa - por mais que debochem - nobre e que teve resultado, fazendo o mundo acordar para a questão ecológica quando ninguém falava disso. Envelheceu, as más línguas a chamam de bruxa, mas ela continua com a tal 'garra'peculiar a suas coterrâneas, defendendo suas focas e as peles dos animais, sem se importar com o que 'os outros vão pensar'.

Como se não bastassem os exemplos citados, ando reparando em outra característica marcante das francesas: são capazes de deixar os cabelos brancos dominarem o visual sem perder a vaidade, elegância ou feminilidade.



Basta olhar para a ministra das finanças francesa, Christine Lagarde (foto ao lado), ou para a mãe da primeira-dama Carla Bruni, Marisa Bruni Tedeschi, ou para outra mãe, a da atriz Marion Cottilard (de quem não sei o nome mas também coloquei uma fotinho aí embaixo para vcs terem ideia).



Como quando nasci minha mãe tinha acabado de entrar para a faculdade de literatura francesa, cresci influenciada a admirar a cultura, a história e os pequenos detalhes (que lhe dão tanto charme) da França. De uma forma inconsciente, talvez, os valores transmitidos em minha casa foram de uma 'mulher francesa'.

Aprendi desde cedo a não me contentar com o que está ruim, a não enjoar do que é bom, a não ter medo de nada, a viver um amor apenas quando valer a pena - mas sempre intensamente - a apreciar o belo, o requintado e o nobre, sem esquecer jamais da liberdade, da igualdade e muito menos da fraternidade.

Hoje, depois de quase 40 anos de existência redescobri o que, na verdade, sempre quis ser quando crescer: uma mulher francesa.

4 comentários:

luz disse...

Você esqueceu de Simone de Beauvoir. Não deixe de ler "Le Deuxieme Sexe".

marcelo alves disse...

É impressionante como a Brigitte Bardot ficou um bagaço. Meu avô babava por ela.

Unknown disse...

oi Cherry...
Saudades q tava desse blog! Ce nao sabe. Voltando ao normal, o sol ta ate saindo...
Te adoro.
Odila

tenhodito disse...

Eu discordo que a Brigitte ficou feia, bagaço ou sei lá quantas caractéristicas pra falar que ela tá feia.
Pô, ela só é uma senhora agora. Uma bela de uma senhora.

Ah, com tantas coisas expostas neste post, pensando bem, eu tb quero ser Francesa !