sábado, 26 de janeiro de 2008

E por falar em amor...

O tema sempre me fascinou. Amor. Passo a minha vida em busca do sentimento mais nobre e completo. O amor dos encontros, da magia da união dos corpos em missão de realização e unicidade, o amor da entrega, do enobrecimento da alma.

O amor também é bonito quando é desenvolvido pelo trabalho, pela causa social, pelos filhos, amigos, família. Bonito, mas não completo.

Quero falar sobre o amor, mas nem sei se sei falar sobre o amor. Acontece que recebi uma mensagem de um amigo querido. Esta mensagem me incentivou. Ele disse que gostaria de deixá-la como um comentário de uma de minhas postagens, mas o site não permitiu, então, creio que ele não verá problema em vê-la publicada aqui:

"Olá,

Li a tua mensagem de natal e vi um link para o teu blog, não resisti, apesar do pouco tempo que tenho nesta época, de vir dar uma espreitadela e deixar este pequeno comentário.Parabéns pelo teu blog, está bastante interessante.Sobre o Amor... já tantos escreveram, praticaram, idealizaram, coreografaram, encenaram, musicaram, ... Mas foram os "outros", não foste tu. Seria com certeza interessante saber como tu escreverias uma ode ao Amor, ou à Amizade.Fico a aguardar.Um grande beijo, um abraço e votos sinceros de um 2008 com muito sucesso e Saúde.

Ruca

ps este comentário era para ter sido escrito no teu blogg, mas não foi!Beijos"

Durante algum tempo acreditei em almas gêmeas. Duas pessoas estariam destinadas a se encontrar porque foram divididas em algum tempo e espaço.

À medida que o tempo passou e vários amores foram sendo vividos, parei de acreditar nesta visão tão limitada do amor. Hoje acredito que a gente pode amar mais de um alguém durante nossa existência.

Temos capacidade de identificar o amor. Fujamos destas místicas que nos impõem!!! Não existe um único amor. E com isso - por favor não confundam - não estou justificando aqueles homens ou mulheres canalhas que dizem amar dois ou mais ao mesmo tempo. Isso não. O amor, para ser verdadeiro, não abre espaço para "coletividade emocional". Pode-se até viver um grande amor mais de uma vez, mas nunca ao mesmo tempo.

Sinto-me incapaz de definr o sentimento, mas outro dia, assistindo a um destes prosaicos seriados de TV americanos ouvi uma definição que me pareceu ter muito sentido.

A personagem estava arrasada pelo término de mais um relacionamento. Questionava-se se deixara passar "o homem da sua vida", se ela teria disposição para se entregar novamente ao amor, visto não estar agüentando a sua dor, etc...etc...aí uma das amigas deu-lhe o alento.
Só é amor verdadeiro aquele capaz de nos transformar. E podemos nos transformar infinitamente ao longo da vida. Aliás, a única coisa que nunca muda no mundo é a certeza que tudo sempre muda.

Achei, então, a definição mais apropriada - ou conveniente, se prefererirem - para o amor.
É claro que há os privilegiados que encontram isso uma úinca vez e assim seguem até o fim. Aí é sorte demais. Ou carmas cumpridos, para quem acredita...

De uma certa forma inconsciente, eu até já fazia a relação entre os homens que amei e o poder transformador de cada um destes relacionamentos. Conto nos dedos de uma das mãos os homens por mim amados. Mas cada um deles me deixou um legado, transformou algum aspecto relevante da minha vida, do meu jeito de ser e encarar o mundo.

Meu primeiro namorado, o homem com quem fiz sexo pela primeira vez, meu ex-marido, o meu fotógrafo preferido e o anjo que até hoje aparece para me salvar nos momentos de dor e angústia.

Cinco homens.
Transformadores.
Com todos tive boas e más experiências.
Mágoas e momentos de êxtase.
Todos doeram na hora da separação. Mas eu os coloco na galeria dos únicos (até o momento) e importantes homens da minha vida.

Os outros não passaram de tentativas e erros. E quantos erros!

Mas continuo aberta para errar, afinal, é errando que se aprende, ou não é?
Como disse Marina Colasanti, no livro cujo título é o mesmo desta postagem (peço licença ao meu amigo Ruca para tomar emprestadas as palavras alheias):

"Existem amores importantes de serem vividos que simplesmente não nasceram para dar certo, mas que podem nos preparar para outros mais felizes"

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