sábado, 16 de agosto de 2008

Camarões à moda do freguês



Empolgada com o desempenho de Cesar Cielo Filho na noite de sexta-feira, coloquei o relógio para despertar às sete, disposta a ver o jogo da seleção masculina de futebol, contra a República dos Camarões, pelas quartas-de-final das Olimpíadas de Pequim.




Quase me arrependi. Digo quase porque no tempo regulamentar o jogo foi uma chatice. Custava-se a crer que naquele campo encontravam-se duas seleções com uma certa tradição no esporte bretão.




De um lado um Brasil medroso, sem categoria ou toque de bola, desesprado com a marcação camaronense.




Do outro lado, uma mulambada dignna de segunda diivisão do estadual carioca. Os caras com postura de traficante de morro em filme brasileiro, tentavam ganhar no grito, na marra e na intimidação. Eu acho que vi o Rafinha fazer beicinho de choro depois de uma dividida com o Baning, camisa 2 de Camarões, que acabou sendo expulso em outro lance. O time de Camarões é formado por um monte de 'Souzas', aquele tipo de jogador que não convence nas jogadas por isso tenta intimidar o adversário na cara feia e na peitada. Sou flamenguiste e posso falar: isso me irrita profundamente.




No Brasil, ao contrário, os meninos queriam era brincar, jogar, mas me pareceram um pouco assustadinhos , sim, com os bois-da-cara-preta do outro lado. Não havia chance de um jogo bonito. E o velho fantasma da 'freguesia' brasileira contra Camarões em Olimpíadas arrastava suas correntes cada vez mais forte...




Aí chega a prorrogação e parece outro jogo. Tudo começa a funcionar, o medo desaparece, os passes saem certos e os contra-ataques acontecem com eficiência. O freguês passou a mandar no jogo e os camaronenses foram fritos em alho e óleo.




Resultado: dois gols e a classificação para a semifinal. Contra a Argentina...




( Aqui entre nós: Ai que medo! )

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