segunda-feira, 14 de abril de 2008

Ela, a Testosterona

A 'humanidade' que freqüenta este blog já deve ter percebido o quanto eu sou chegada a uma boa dose de testosterona. Não, eu não faço parte do clube de pessoas que injetam a substância na veia na intenção de fazer crescer barba ou desenvolver outras partes do corpo, a fim de masculinizá-lo.

Minha dose de testosterona eu tomo na convivência com os homens. Seja nos relacionamentos afetivos, profissionais ou familiares, sou uma admiradora da raça masculina e nunca escondi isso. Gosto da virilidade e da objetividade. Gosto da maneira de acharem que precisam cuidar e proteger suas mulheres.Gosto também da aparência que a testosteora concede, criei até o prêmio "Testosterona de Ouro" para conceder aos homens que, ao meu ver, melhor representam a quantidade do hormônio na dose ideal.

Uma pena que o hormônio esteja em extinção – e eu não estou me referindo aos gays, que muitas vezes são muito mais machos que muitos bananas que encontramos por aí. Enfim, toda esta "Ode à Testosterona" foi um preâmbulo para mostrar mais uma pesquisa científica dos cientistas ingleses (sempre eles!). Cubro mercado financeiro atualmente e acredito piamente no fundamento da pesquisa. Segue a matéria, divulgada hoje pela Agência France Presse:

WASHINGTON, 14 Abr 2008 (AFP) - Quando os corretores da bolsa têm um elevado nível de testosterona, principal hormônio sexual masculino, têm mais tendência a assumir riscos e obtêm maiores ganhos, revelaram pesquisadores britânicos cujo trabalho foi divulgado nesta segunda-feira nos Estados Unidos.

Esta pesquisa permite também explicar decisões irracionais responsáveis por bolhas especulativas e 'cracks' na bolsa, segundo estes pesquisadores da Universidade de Cambridge.

Os cientistas acompanharam 17 corretores da 'City' de Londres durante oito dias de trabalho consecutivos e mediram seus níveis de testosterona duas vezes por dia, às 11h00 da manhã, em plena atividade da bolsa, e às 16h00, ao final da sessão, tomando amostras de sua saliva.

A cada vez que mediam o nível de testosterona eram registradas também as perdas e os ganhos.

Comparando os dados recolhidos, os pesquisadores determinaram que os ganhos obtidos eram muito maiores que a média diária quando os corretores tinham níveis de testosterona muito mais elevados.

Baseando-se em estudos anteriores, estes cientistas acreditam que este fenômeno seria explicado pelo fato de que a testosterona aumenta a confiança em si mesmo e o gosto pelo risco.

A influência dos esteróides, especificamente a testosterona e o cortisol ou hidro-cortisona, poderia também explicar por que os operadores de mercados custam a reagir racionalmente frente a bolhas especulativas ou a uma quebra, exacerbando as crises financeiras.

A testosterona é um hormônio determinante para o comportamento sexual e a competitividade, já que atua sobre a agressividade. Este hormônio aumenta em um atleta antes de uma competição e segue aumentando em caso de vitória, mas diminui em caso de derrota.

"O aumento dos níveis de testosterona e de cortisol predispõem os corretores a tomar riscos", observou o doutor John Coates da Universidade de Cambridge, co-autor deste trabalho e ex-corretor de bolsa.

"No entanto, se a testosterona se tornar excessiva no organismo, como pode ocorrer facilmente em situações de bolhas especulativas, o gosto pelo risco pode se tornar obsessivo", acrescentou.

Mas segundo Coates, "um nível extremo de cortisol -hormônio liberado em situações de estresse- em uma quebra também pode criar uma aversão duradoura pelo risco".


e

2 comentários:

Anônimo disse...

um dos seus assuntos favoritos ne?
beijo! Sofia

Antonio Santo disse...

A humanidade sempre viveu esse idílio com a "testeronice", guerreiros, conquistadores, vikings, aventureiros. Isso é legal, porque de todos esses personagens herdamos excelentes inventos, aquisições, descobertas. Por outro lado... mas para que falar do outro lado, né? Sempre há, e a ideia aqui não é essa. Gostei muito do texto de retorno. Bjs